segunda-feira, 29 de junho de 2009

Morra por nada ou lutando por alguma coisa

O que está acontecendo com as pessoas hoje em dia, por que há um vazio tão grande em seus corações? Uma falta imensa de um "não sei o que" que entristece a alma e emudece suas vozes, paralisam seus membros, ensurdecem seus ouvidos e cegam sua visão. Ninguém consegue ser feliz mais, nem em curtos e breves momentos. Tudo parece arrefecer como que na velocidade da luz. Seria isso a grande consequência da evolução humana. Somos tão rápidos que não sentimos prazer nas coisas singelas, mas puras. Somos o que não parecemos que parecemos que somos. Em suma tudo se tornou tão supérfluo, subjetivo e superficialmente tosco que nos parece tão irrelevantemente correto. Sofremos das dores da paranóia, da sofreguidão da alma, da depressão da solidão, nada e ninguém é bom, honesto ou confiável. Somos a geração do eu-egoísta, dos donos da verdade própria e absoluta, sem ranhuras. E no fundo duvidamos até de nossas sombras por que o nosso taco às vezes é bem pequenino pra certas grandes jogadas. Não dividimos pra somar, não somamos para multiplicar e não subtraímos para melhorar nossa condição humana. Temos muito conhecimento técnico, filosofamos demais, temos muita psicologia ativa, tanto que nos tornamos altamente variáveis e frágeis. Somos facilmente subjugados pelos interesses mundanos, a prevaricação, a ignomínia, enfim a destreza dos incautos nos manobram para poder manter o poder de merda que detem. E nós os solicitos, os beneméritos, os filantropos nos doamos a causas vãs como se fossem de sumaria importância. Morra por nada ou lutando por alguma coisa. Olhe para a sua vida e, se não gostar, mude tudo. Olhe para dentro de você e se você se vir amarrado e tolhido arranque os grilhões que te sobrepujam. Olhe para a vida que é a grande dádiva que te foi dada de graça e se ela andar meio esquisita, meio sem sal nem açúcar pergunte-se se a culpa não é sua por ela estar assim. Amar-se é fundamental, mas é necessário partilhar esse amor com os que te querem bem, também. Agora se você não consegue enxergar quem te quer bem, então não haverá saída. Pense nisso.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Dançar com os lobos

Você sabe a origem da expressão "lágrimas de crocodilo" pros fiteiros de plantão.
Por que quando o crocodilo está deglutindo sua presa (vide almoço ou janta) as suas mandíbulas doem imensamente e forçosamente ele derrama suas lágrimas a cada refeição, coitadinha da presa que nem gemer consegue, você não acha?
A viúva negra literalmente come seu parceiro após a cópula, judiação do machão que sabe que vai ser comido, mas se entrega de corpo e, se tiver, alma, por uma bundinha arrebitada, e é por isso que se dá esse apelido de viúva negra àquelas damas que se casam com os velhinhos despudorados, cheios de grana e no bico do corvo.
Você sabe ainda por que o lobo uiva?
Ou por que a hiena ri?
Ou mesmo por que andamos com pessoas de carater duvidoso e sempre as achamos tão boazinhas e divertidas?
Talvez por que gostemos do perigo, de uma vida de aventuras.
Quem sabe a gente não fica famoso?
Afinal quem não está atrás de um recorde pro Guines?
Quem não quer ser capa de revista?
Futilidade por futilidade poderíamos criar um concurso pros homens de quem consegue escrever o nome completo no muro com xixi e dar o prêmio pro que secar primeiro.
Isso por que pras mulheres teria que ser no chão com o transtorno de molhar os pés.
Enfim, Maluco, melhor mesmo é não dar bola pra torcida por que...vai que ela não devolve e aí como é que fica.

Vigiados

Vivemos a era da vigilância e não pense que você está imune a isso, pois por mais que você se sinta livre para poder fazer o que quiser, ir e vir de onde e pra onde achar conveniente, de se expressar livremente, verbal, intelectual ou ergonomicamente com seu próprio corpo, saiba, VOCÊ NÃO PODE.
Acho que você já até ouviu a frase: "Tudo que eu gosto é ilegal, é imoral ou engorda".
E é bem assim que a coisa funciona. Sempre haverá alguém pra botar reparo naquilo que você faz, fala ou pensa e ai de você se não combinar a cor da cueca com a das meias, mesmo que elas não estejam ou sejam visíveis até a hora F (hora da foda). Somos analisados por cada trejeito (isso é muito gay), cada virada de pulso pra olhar as horas, o jeito de andar, de falar, de dançar, de beijar e assim vai. Cuidado ao tentar dar uma ajeitadinha na cueca, por que está apertando o saco, no elevador, olha a câmera, se você for beijar em púbico um beijo técnico mais ardente no shopping, cuidado com a câmera. Não tire foto aqui, nem ali, não pode. Mas se o lugar é público por que não pode? SEGURANÇA. Gente minha deste espaço universal conhecido como planeta terra, se dá pra localizar sua casa com precisão milimétrica de um satélite lá nos confins do espaço, onde é que a gente vai se esconder pra fazer aquilo que a gente faz quando não tem ninguém vendo a gente fazer e que é muito bom.