quarta-feira, 23 de julho de 2008

Vislumbre Noturno

Congelei meus sonhos dentro de um saco de papel esperando que um anjo passasse e os levassem embora. Afinal o que são os sonhos quando você não pode ou não consegue realizá-los. Voei alto tentando me lembrar dos castelos de areia que construi ao longo de minha vida, os quais foram se desvanecendo, um a um, no fog pesado das tribulações. Faz um bom tempo que busco um caminho que me leve, sereno, para um patamar mais elevado da alma, do qual tomarei assento para simplesmente assistir ao jogo da vida. Estou feliz ou sou feliz?!! O que virá depois de tudo isso. Como será o outro lado da moeda. Como o melro cantando no escuro da noite esperando o momento para alçar vôo, estou aqui vendo o tempo passar, aguardando por não sei o que, para me espantar, pasme você, algo que me tire do sério, que me sacuda ou me exploda em pedaços como se eu fosse de plástico, puro artesanato esculpido pelas mãos de Deus. Quem me dera saber o que fazer agora. Meio século se passou e fica como que solto no ar uma questão: "Quem conhecerei daqui a meio século, quem dos que conheci estarão por aqui, ainda?" Viver é melhor que sonhar. Queria poder dividir toda a bagagem que tenho, mas ela parece tão indivisível quanto o meu egoísmo em partilhá-la com outro qualquer, pois de que te interessariam as minhas experiências, que enfado não seriam para ti. Tal qual ver fotos de viagem de amigos, você não esteve lá para curtir, e daí, o que há para compartilhar. Dark, muito dark, não acha? Então chega, estou indo, tchau!!!!

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