terça-feira, 24 de março de 2009

Muralhas ou Pontes?

Qual é a chance de você se separar definitivamente das coisas que você mais adora, ama ou pelo menos tem um apreço imenso? Difícil até de pensar que de repente isso pode acontecer e não há nada que você possa fazer, não é mesmo. A realidade é a seguinte: somos individualistas-egoístas, incapazes de ceder aos nossos próprios apelos de trégua por paz de espírito, não damos valor ao que temos e achamos sempre a grama do vizinho mais verdinha que a nossa. Pior ainda, pisamos em todos os resquícios de ternura e colocamos rispidez em tudo que falamos. Nada funciona, tudo está sem sabor, a vida é uma merda, está tudo cinza. Perceba que nos dias de hoje as pessoas não conseguem se entender e segundo um psiquiatra amigo meu a diferença entre gerações era notada em pessoas com 15 anos de diferença de idade, agora a cada 5 anos as diferenças se exacerbam. Nós nos tornamos difíceis de conviver, conversar e viver. As ideias mudam muito rápido, a prepotência, o despotismo, o orgulho e a vaidade tomam conta das pessoas. Ninguém está preocupado com ninguém a não ser consigo mesmo, todos querem mais, e muito e tanto até não saber o que fazer com isso. Onde estão os amigos, nos carrões, nas baladas, no dinheiro gasto facilmente, na vida fútil, onde estão seus amigos, quem realmente é seu amigo, já parou para pensar? Somos movidos por interesses pessoais, se me interessa atendo o telefone, mando um recado, escrevo uma carta, se não, "fala que eu estou dormindo, saí, estou tomando banho, sei lá fala qualquer coisa e diz que depois(um dia) eu ligo(pelo menos se eu lembrar garanto que ligo). Separações inevitáveis ou simplesmente apostasia da vida vivida de verdade, sem truques, sem armadilhas, sem falsidade. É preciso mudar. Quem dará o primeiro passo, haverá um primeiro passo ou estamos fadados ao individualismo.

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