quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

DOCES LEMBRANÇAS - De Bernardete Firmo e Eduardo Batbuta

DOCES LEMBRANÇAS


Caminho sob o luar e como um rastro de luz sobre o mar a lua ilumina minh’alma.
E nesta penumbra, que cai como brisa, num acalanto me envolve e me transforma.
Paro para devanear a respeito das peças que a vida nos prega e lançando o olhar no horizonte vislumbro o encontro de céu e terra de forma tão etérea quanto nossos sentimentos em relação às duvidas da entrega plena.
Pensamentos assimétricos e soltos sem encontrar morada, minha mão em seu rosto com ternura e leveza.
O teu cheiro inebriante, sedutor. Lembrança viva do fogo que arde entranhado em desejos sublimados, busca insana por uma resposta que me arranque do peito a duvida da desventura.
Nossos corpos exaustos, eram eminentes, as horas nesta louca magia lentamente a passar, a respiração acelera e a ansiedade desponta na derme. Acariciei seu corpo de forma a dar lhe algum alento,e, colocando uma rosa no teu cabelo observei aquele seu singular sorriso.
Por que tudo desvaneceu tão bruscamente, onde nossos caminhos se desencontraram, tudo tão correto, tudo tão afável. Por onde andarás tu agora e quais serão teus pensamentos.
Não há mágica que transfigure toda a realidade do nosso amor,as palavras geralmente não traduzem toda a dimensão dos nossos sonhos e desejos,sentimentos latentes a flor da pele castrada do desejo da euforia extasiante.
As horas se extinguiram na madrugada fria, os pensamentos se misturaram desordenados e a letargia tomou conta de mim novamente, o caminho é o mesmo e me leva à mesma casa, vazia da tua presença, vazia do teu calor, vazia da tênue lembrança que restou do nosso amor, saudade foi só o que restou.


Pequena poesia aleatória escrita a duas mãos.
Deixo aqui meu agradecimento a Bernardete Firmo que divide comigo a composição acima.
Foi uma experiencia renovadora e interessante.
Vermelho- Bernardete Firmo
Branco-Eduardo Batbuta

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