sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A inutilidade do segredo

Como já dizia Confúcio: "Se você quer manter algo em segredo, não conte a ninguém".
Segredos são invioláveis, são como cartas-bomba, se abrir explode.
Mas qual a vantagem de se ter ou se saber algo que você não pode dividir com ninguém, se o tesão da coisa está em obter opiniões diversas a respeito do inexorável.
Fofoca, diz-que-me-disse, isso é o que mais gostamos de fazer.
E o mais interessante é aumentar um ponto ao conto.
Nada termina como começou, vem distorcido, corrompido, cheio de teias, uma verdadeira rede de intrigas. O segredo nada mais é que uma notícia vindoura, algo que não se quer revelar no momento para se manter a postura da hierarquia burra ou o prazer do só eu sei, por enquanto.
Segredos aquecem a mente, faz com que cogitemos o desprezível, que imaginemos o insofismável e que temamos o inevitável. Por si só já nasce morto o tal do segredo e o que se faz com os mortos além de enterrá-los ou cremá-los. Inútil e desnecessario são esconder o que vai aparecer uma hora ou outra. As opiniões sobre esse assunto são no mínimo contraditórias, mas como opinião é uma coisa que cada individuo tem a sua, não interessa a outrem e tem peso zero em qualquer discussão, logo, foda-se a opinião. Mas voltando ao assunto, na realidade segredo não existe. Viva a liberdade de expressão, viva a liberdade de pensamento, viva a sociedade alternativa. Diga tyudo e sempre seja verdade ou quase isso. E se te contarem alguma coisa seguida das frases: "Não conte pra ninguém", "Se você falar que eu falei, eu nego", "Só nós dois sabemos disso". Ria, mas dê gargalhadas homéricas, por que só pode ser piada.

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